Mercado hoje: Com PIB no radar, Ibovespa supera exterior pessimista; dólar sobe
Após queda de braço entre dados de atividade econômica forte no Brasil e exterior pessimista, o Ibovespa conseguiu fechar o primeiro pregão de setembro no azul. O índice fechou em alta de 0,81%, para 110.405 pontos. Já o dólar refletiu um exterior avesso ao risco e subiu 0,71% ante o real, negociado a R$ 5,2378.
Mais cedo, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou que o PIB do Brasil avançou 1,2% no segundo trimestre ante os primeiros três meses do ano. Bancos e consultorias ouvidos pelo Valor Econômico esperavam, em média, alta de 0,9%.
Ações ligadas ao consumo doméstico puxaram as altas do Ibovespa, com MRV (MRVE3) avançando 7,59%, Energisa (ENGI11) subindo 2,98%, Carrefour (CRFB3) ganhando 1,37% e Raia Drogasil (RADL3) com alta de 2,25%.
Lá fora
As bolsas dos Estados Unidos foram fator de pressão durante quase todo o pregão, mas tiveram melhora perto do fim das negociações. O Dow Jones subiu 0,46% e encerrou uma sequência de quatro sessões em queda. O S&P 500 avançou 0,3% e o Nasdaq Composite recuou 0,26%.
O mercado também monitorou de perto as ações da fabricante de semicondutores Nvidia depois que a empresa disse que o governo dos Estados Unidos está restringindo vendas para a China. As ações caíram 7,67%.
Ao mesmo tempo, dados de inflação na Europa seguiram preocupando o mercado, que ainda não se recuperou da perspectiva de um Fed mais agressivo depois de discurso do presidente da entidade na última sexta-feira. As bolsas da Europa fecharam em queda com receio de aperto monetário.
Pressão de commodities
Hoje, a China anunciou mais um lockdown em uma cidade de mais de 21 milhões de habitantes. Com isso, as Bolsas asiáticas fecharam em queda.
Em Tóquio, o índice de referência Nikkei 225 fechou em queda de 1,53%. Na bolsa de Seul, o índice de referência Kospi teve retração de 2,28%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em queda de 1,79%. Na China Continental, o índice Xangai Composto fechou a negociação com recuo de 0,54%.
O minério de ferro fechou em queda de 1,2% na Bolsa de Dalian, na China, com investidores prevendo menor demanda da China pela commodity por causa das restrições.
Com isso, as ações da Vale (VALE3), as mais pesadas do Ibovespa, fecharam em queda de 0,95%. Os papéis chegaram a cair mais de 3% hoje. CSN (CSNA3) recuou 1,67%. Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5), que caíam mais cedo, fecharam no azul, com altas de 0,13% e 1,75%, respectivamente.
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